Além do Bem e do Mal: Uma Reflexão sobre a Vida, a Natureza e Deus

A notícia foi impactante: o assassinato de Charlie Kirk.

Independentemente das ideologias, é lamentável ver alguém tirar a vida de outro apenas por divergência de ideias. Isso revela não apenas rancor e frieza, mas a ausência de razoes e empatia — um vazio humano que me fez refletir profundamente sobre o paradoxo entre o bem e o mal.





Desejo meus sinceros pêsames aos familiares e amigos de Charlie Kirk. Que encontrem consolo em Deus, e que sua missão de falar sobre o bem e sobre a proteção dos valores permaneça ecoando pela eternidade.


Muitos dizem que o bem é a luz e o mal é a ausência dela. O bem ilumina, o mal tenta apagar. Mas, pensando além da simplificação binária, percebo que o bem e o mal coexistem em uma unidade paradoxal. Eles são como polos quânticos: não se tocam, mas só fazem sentido em relação ao outro. O bem só se reconhece porque existe o mal; o mal só se define porque existe o bem.


O observador — seja humano, seja espiritual — é quem dá forma a essa realidade. Quando exercemos pressão sobre essa tensão, seja pelo ódio, pela intolerância ou pela arrogância, quebramos o equilíbrio natural. A explosão que surge é como uma reação quântica: fragmenta valores, espalha caos, e destrói tanto quem age quanto quem sofre. O caso de Charlie Kirk é um exemplo: ao tentar eliminar um polo, o autor do crime eliminou a si mesmo.


Mas como traduzir isso em algo mais próximo de nós?

Imagine o bem e o mal como duas pessoas dialogando:


— Por que você é o Bem e eu sou o Mal?

— Porque eu tenho o bem em minhas mãos.

— Mas se você tem o bem, eu também quero tê-lo.

— Você pode ter. O bem está disponível a todos.


O problema é que o mal não entende o bem como condição do ser, mas como posse. Tenta arrancar o bem à força, como se fosse objeto. Quando falha, acredita que eliminando o bem tomará o seu lugar. Mas, ao fazê-lo, destrói a única referência que dava sentido à sua existência. Sem o bem, não há parâmetro, não há contraste, não há reconhecimento. O mal se torna vazio absoluto.


E é aqui que entra a dimensão espiritual. Se Deus nos fez à Sua imagem e semelhança, Ele não nos criou para lutarmos como animais em cadeia alimentar. A natureza tem suas regras, mas entre os humanos, não faz sentido que a sobrevivência dependa de eliminar o outro. Deus nos fez para viver em relação, em reconhecimento mútuo, em comunhão.


A vida é abundância. Deus já criou tudo o que precisamos.

O papel do ser humano não é destruir, mas interpretar, tomar posse com sabedoria daquilo que já existe. Apreciar, extrair valores, criar através das matérias-primas, e organizar a vida de forma justa — recompensando esforço e energia sem corromper a harmonia da criação.


A sociedade só encontrará equilíbrio quando entender que o verdadeiro bem não é posse, mas essência. Não é poder sobre os outros, mas comunhão com Deus.


Que possamos, diante dessa tragédia, renovar nossa consciência: o bem não pode ser arrancado, o mal não pode vencer apagando vidas. O que permanece é a luz que transcende a escuridão. O que sustenta nossa existência é Deus — e viver em plenitude significa sair da dualidade entre bem e mal para reconhecer a unidade maior da criação.


Que essa tragédia não alimente mais divisões, mas nos leve à sobriedade da reflexão e ao poder da oração.

Que possamos parar de cultivar o “eu contra eles” e lembrar que todos somos parte da mesma criação.

Oremos e vigiemos, porque a luz vence na vigilância e no amor.

E que fique claro: Deus não precisa de advogados, mas de filhos que escolham viver na verdade, na humildade e na comunhão.

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