O Nome que Revela a Vida: A Força do “EU SOU”

 




Existem coisas na vida que não precisam ser explicadas — elas precisam ser reconhecidas.

E, quando reconhecidas, transformam tudo ao nosso redor.


Nos últimos dias, mergulhei em uma reflexão profunda sobre algo que sempre esteve diante dos nossos olhos, mas que, de certa forma, foi escondido por camadas culturais, traduções e tradições: o verdadeiro significado do nome de Deus revelado nas Escrituras, e a relação dessa revelação com o poder absoluto contido na expressão “EU SOU”.



O nome de Deus não é apenas um nome. É uma chave.


Quando Deus se apresenta a Moisés, Ele não diz:

“Eu tenho um nome.”

Ele não diz: “Me chamem de X.”


Ele diz:


“Ehyeh Asher Ehyeh – EU SOU O QUE SOU.”

(Êxodo 3:14)


Naquela época, essa afirmação era tão poderosa, tão revolucionária, tão fora do alcance humano, que a própria estrutura linguística do hebraico pareceu se curvar para recebê-la.


E se pararmos para pensar, até hoje o mundo tenta adaptar esse nome.

Chamamos Deus de Deus — uma palavra genérica, um nome moldado culturalmente.


Mas o nome original…

O nome revelado…

O nome que vibra como a própria existência…


Esse nome não é “coisa para iniciantes”.

É um nome para quem está disposto a se tornar aquilo que declara todos os dias.



A ciência neurolinguística confirma o que Moisés ouviu no Monte Sinai


Algo me intriga profundamente.


A Programação Neurolinguística (PNL), estudada há décadas, afirma que:

As palavras que declaramos moldam nosso estado interior.

Nossa identidade é reforçada pelo que afirmamos.

A mente inconsciente obedece padrões linguísticos, especialmente aqueles que começam com “eu sou”.


Richard Bandler e John Grinder, criadores da PNL, provaram que a linguagem define comportamento, direciona crenças e reorganiza percepções.


Ou seja:

“Eu sou” não é só uma frase. É um comando direto à consciência.


E quando volto ao hebraico antigo e vejo Deus dizendo:

EU SOU,

e depois Jesus usando exatamente a mesma expressão Ego Eimi (“Eu Sou”),

é impossível não conectar os pontos.


A Bíblia já ensinava, há milênios, aquilo que a ciência começou a descobrir apenas recentemente:


Toda criação, toda identidade, toda manifestação começa no “EU SOU”.



Na época de Jesus, isso era incompreensível


É importante entender o choque cultural:

A linguagem moderna, com seus conceitos de psicologia, identidade e consciência, é algo inexistente na época de Jesus.


Quando Jesus disse:


“Antes que Abraão existisse, EU SOU.” (João 8:58)


Ele não estava apenas citando o nome de Deus.

Ele estava revelando a realidade mais profunda da existência.


Na cultura judaica do século I, isso não era poesia espiritual.

Era blasfêmia.

Era ousadia divina.


E mesmo assim, esse conhecimento atravessou gerações.

Passou de pergaminhos para manuscritos.

De língua para língua.

De cultura para cultura.

Até chegar a nós — ainda vivo, ainda pulsante.



Se analisarmos a transmissão de conhecimento…


… percebemos algo fascinante:


Tudo o que chamamos de “sabedoria”, “verdade”, “vida” ou “espiritualidade”

se manifesta através do poder do EU SOU.


É como se Deus tivesse colocado uma semente do Seu próprio nome

dentro de cada ser humano.


E essa semente se expressa quando dizemos:

Eu sou capaz.

Eu sou forte.

Eu sou amado.

Eu sou luz.

Eu sou criação.


Porque quando pronunciamos “eu sou”, estamos tocando — ainda que em reflexo — o mesmo verbo com o qual Deus se apresentou.



Mas existe um caminho: negar a si mesmo


Não existe acesso ao “EU SOU” verdadeiro mantendo o ego vivo.


Jesus deixa isso claro:


“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo…”

(Mateus 16:24)


Negar o ego não significa apagar sua identidade.

Significa reconhecer que a identidade verdadeira não nasce do mundo,

mas nasce do Ser, da essência, do espírito.


É como se Jesus dissesse:


“Pare de se definir pela sua limitação.

Reconheça quem você realmente é.”



Jesus não apenas revelou o EU SOU — Ele nos convidou a viver nele


Ele diz:


“Sede santos, porque Eu Sou santo.”

(1 Pedro 1:16, ecoando Levítico 20:26)


E mais:


“Aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço; e as fará maiores do que estas.”

(João 14:12)


Isso não é poesia.

Isso não é metáfora.


É identidade.

É natureza.

É um chamado.


Jesus está dizendo:

“Vocês nasceram para manifestar o Reino.

Vocês nasceram para realizar obras maiores.

Vocês nasceram para refletir o EU SOU que vive em vocês.”



A oração “EU SOU” não é uma invenção moderna. É um retorno.


Quando oro declarando:

Eu sou luz de Deus.

Eu sou a vontade de Deus cumprida.

Eu sou o Reino de Deus manifestado.


… não estou falando de mim mesmo como indivíduo.


Estou falando da centelha divina que Deus colocou em cada um de nós.


A oração “EU SOU” não é sobre o meu ego.

É sobre a minha natureza em Deus.

A natureza que Jesus revelou.

A natureza que o hebraico antigo preservou.

A natureza que a ciência moderna começa a provar.



Conclusão — O EU SOU é o ponto onde fé e ciência se encontram


Quanto mais estudo, mais percebo que:

A Bíblia revela princípios espirituais.

A ciência revela a mecânica desses princípios.

A experiência humana revela a verdade entre ambos.


O nome de Deus não foi adaptado por acaso.

Acredito que foi preservado apenas para aqueles dispostos a viver o que dizem,

e não apenas repetir fórmulas religiosas.


Porque para dizer “EU SOU” com verdade…

é preciso:

negar a si mesmo,

abandonar o ego,

e assumir sua natureza divina.


E, quando isso acontece,

tudo ao nosso redor — absolutamente tudo —

começa a refletir o poder do EU SOU.

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